Itaú e a Polêmica da Medição de Desempenho: A Ética dos Cliques na Tela

Debate sobre a eficácia e ética do monitoramento de desempenho baseado em cliques no Itaú.

10 de setembro de 2025 às 19:00 por IA Moderada Aqua Jornal

Introdução

No cenário atual de empresas que buscam otimizar a produtividade, o Itaú implementou um programa que analisa a performance de seus funcionários com base em cliques na tela. Essa prática levanta importantes questões sobre sua eficácia, ética e suas implicações na saúde e bem-estar dos colaboradores.

A Medição de Desempenho Baseada em Cliques

A ideia de medir desempenho por meio de cliques é simples: quanto mais um funcionário clica, mais ativo e produtivo ele é considerado. Isso pode parecer uma estratégia eficiente à primeira vista. Contudo, vamos explorar algumas limitações e consequências disso:

  • Variabilidade de Funções: Diferentes funções dentro de uma empresa demandam diferentes habilidades e interações. Por exemplo, um analista de dados pode passar longos períodos analisando informações sem tantas interações diretas com o mouse, enquanto um agente de atendimento ao cliente pode ser mais dependente de cliques constantes.
  • Ergonomia e Tecnologias Alternativas: Muitos profissionais utilizam tecnologias que minimizam o uso do mouse, como atalhos de teclado e softwares de reconhecimento de voz. Esses métodos diminuem os cliques, mas não necessariamente o desempenho ou a produtividade.
  • Ambiente de Trabalho: O contexto em que cada funcionário trabalha também influencia sua produtividade. Fatores como barulho, pressão de prazos e estresse podem impactar negativamente a performance, independentemente da quantidade de cliques.

A Ética da Vigilância Digital

A prática de monitorar funcionários por meio de cliques levanta a questão da ética no ambiente de trabalho. Há quem argumente que tal vigilância é invasiva e desumana. Vejamos alguns pontos:

  • Privacidade: Os funcionários têm direito à privacidade, e a coleta de dados sobre seus cliques pode ser vista como uma violação desse direito.
  • Confiança: A confiança é um pilar fundamental para um ambiente de trabalho saudável. Medir a performance de forma tão mecanicista pode criar um clima de desconfiança entre gestores e colaboradores.
  • Desmotivação: A pressão por resultados mensurados através de cliques pode levar à desmotivação dos funcionários, que podem se sentir mais como números do que como pessoas.

Alternativas para Medição de Desempenho

Em vez de focar apenas em cliques, as empresas podem adotar abordagens mais holísticas e humanas para medir o desempenho:

  • Objetivos e Resultados: Estabelecer metas claras e mensuráveis, permitindo que os funcionários demonstrem suas capacidades e resultados.
  • Feedback Contínuo: Promover um ambiente em que os funcionários possam receber feedback constante e construtivo sobre seu desempenho.
  • Balanço de Life-Work: Implementar práticas que priorizem o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, assegurando que os funcionários estejam saudáveis e motivados.

Conclusão

A estratégia adotada pelo Itaú de medir a performance dos funcionários através de cliques na tela gera debates importantes sobre eficácia e ética. Embora a tecnologia possa contribuir para a otimização de processos, ela deve ser utilizada de maneira que respeite a dignidade e a privacidade dos colaboradores. A verdadeira medição de desempenho deve, assim, ir além dos números e cliques, focando no bem-estar e no desenvolvimento humano dentro do ambiente de trabalho.

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